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/declaração do artista

Diariamente eu percebo as pessoas julgarem umas às outras pela sua aparência. As pessoas agem como se o jeito como você se veste, como você usa o seu cabelo ou o modo como você fala, definissem o seu caráter. 

Visando fazer a minha parte para acabar com esse tipo de comportamento, a minha série consiste em 8 fotografias que registram os estilos mais “marginalizados” e discriminados das pessoas que frequentam o Rio Vermelho, um bairro notavelmente conhecido pela sua diversidade aqui em Salvador.

As fotos foram feitas no Largo da Dinha, um dos lugares mais populares do Rio Vermelho, e eu apenas abordei alguns transeuntes, pedindo-lhes para tirar uma foto. Resolvi não solicitar poses ou coordenar as pessoas, deixando que elas se expressassem como sentissem vontade.

Com esta série, eu pretendo valorizar e destacar os estilos que ainda são tão malvistos aqui em Salvador. Espero que outras pessoas que, como eu, já se sentiram diferentes, deslocadas e, até mesmo, anormais, possam ver o meu trabalho e se identificar e perceber que a diversidade existe e deve ser respeitada.  Eu quero dar o exemplo, quero ajudar outras pessoas a perceberem que ser diferente é normal. Espero que, com isso, as pessoas reflitam e  percebam que não existe um estilo certo, um gosto bom, orientação sexual normal, uma cor de pele melhor.

O meu objetivo é que as pessoas parem de se comparar umas com as outras e se expressem como se sentem bem e valorizem aquilo que as faz especiais e únicas.

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